A nossa cidade é um polo regional e estadual na área da saúde. Temos um cluster reconhecido em saúde, que atrai pessoas de toda a região do Vale dos Sinos e de outras regiões do Estado, atraindo investimentos, gerando emprego, oportunidades e renda para nossa gente. A Universidade Feevale possui o curso de Medicina, entre vários outros no segmento. Possuímos médicos e profissionais da saúde do mais alto gabarito, além de Clínicas e Consultórios de todos os tipos e especialidades. Hospitais temos vários: Geral, Unimed, e Regina os maiores, além de outros de menor complexidade.
A cidade é pujante, possui um orçamento de R$ 1,35 bilhão para o ano de 2022. Só para a Secretaria de Saúde Municipal são destinados recursos no montante de R$ 253 milhões por ano, sendo mais de R$ 21 milhões mensais. Não é possível, não é aceitável, tampouco tolerável que os pacientes hamburguenses que requerem tratamento para câncer tenham que ser atendidos em Taquara, realizando deslocamento desumano. Logo quem mais precisa da mão amiga da Administração Pública é quem mais sofre. Nada em relação à cidade de Taquara, mas em relação à conforto e qualidade aos pacientes sendo atendidos em Novo Hamburgo, que é sua cidade de origem.
O Hospital Regina era, até então, o lugar onde o pobre e o rico tinham atendimento paritário no tratamento do câncer. As maiores vítimas desta terrível doença são idosas, mas em menores proporções sabemos que ela atinge pessoas de todas idades. E são essas que precisam de uma solução urgente, sem paliativos ou postergações. Priorizar o investimento em saúde naquilo que urge é obrigação do Prefeito Municipal. Uma das saídas a curto prazo que a prefeitura poderia ter adotado é complementar o valor repassado pelo SUS para o Hospital Regina, evitando assim o drama vivido pelos pacientes com câncer hamburguenses, ao transferir os atendimentos para outro município, acarretando em deslocamento de, pelo menos, 90 quilômetros, entre ida e volta, para cada paciente.
Com um orçamento gigante como o nosso, a cidade tem a obrigação de fazer o aporte, garantir o atendimento dos pacientes oncológicos. É questão de prioridade. Há pouco a prefeitura aumentou o IPTU, que vamos sentir no bolso nos próximos 5 anos, e somente em 2022 o município vai arrecadar cerca de R$ 21 milhões a mais do que em 2021. Com parte deste valor a cidade poderia resolver o problema, ao invés de terceirizar responsabilidades. É ou não questão de prioridade?
- Rodrigo Zucco é ex-candidato a Prefeito de Novo Hamburgo.
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